O Plagiário

Plágio: (...) apresentação feita por alguém, como da sua autoria, de trabalho, obra intelectual etc. produzido por outrém. In: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Correspondência para: just.salomao@gmail.com

30 junho 2006

Nuno Severiano Teixeira

E pronto... Eis que ter uma folha impoluta não é condição para se obter um importante cargo na Nação. Já o sabíamos?... Sim, mas não deixa de ser preocupante. Nuno Severiano Teixeira é o Novo Ministro da Defesa. Consta que é um especialista em Relações Internacionais (como já constatámos aqui) e que não tem grande cuidado nem originalidade nos nomes que escolhe para as instituições às quais preside (como referimos aqui).
Ou seja, é caso para dizer que o plágio, às vezes, compensa!

20 junho 2006

Lacoste ataca o «Mercado da Seda»

'A Lacoste entrou com uma acção judicial contra o «Mercado da Seda», templo dos produtos contrafeitos em Pequim, acusando-o de vender cópias da marca do crocodilo. A Lacoste reclama cerca de 12.500 dólares de indemnização à empresa chinesa Xiushui Haosen Clothing Market, que dirige este paraíso da contrafacção. Criado em 1985, ao ar livre na principal artéria este-oeste de Pequim com stands de pequeno comércio, o «Mercado da Seda», transferido em Janeiro último para um aparatoso edifício novo, é um dos destinos preferidos de milhares de turistas estrangeiros à procura de bons negócios e frequentemente de boas réplicas de grandes marcas a baixos preços, seja vestuário ou acessórios de luxo.'
Fonte: Portugal Têxtil

17 junho 2006

Plágio Superior - ii

Já tínhamos feito aqui referência para o fenómeno do plágio no ensino superior. De acordo com o jornal diário «Público» este comportamento desleal e anti-ético está em vias de poder contar com um instrumento de peso para o seu combate. Dentro em breve os professores poderão vir a ter um detector de plágio, chamado Ferret, que consta de um software de comparação para documentos Word e em formato PDF. De acordo com o «Público», este software será apresentado para a semana no Reino Unido, durante o segundo Congresso Internacional de Plágio.

16 junho 2006

Gales ou Inglaterra?

= ?

Aparententemente há uma acusação de plágio com 100 anos! O assunto foi, de novo como o tem sido ao longo estes anos, reciclado e tem dado que correr muita tinta em Gales e em Inglaterra.
O que se discute é se o hino galês é ou não é um plágio de uma ópera inglesa do século XIX. Uma interessante e controversa história que poderá aprofundar neste link.

14 junho 2006

Motorola Vs. Rússia

A receita é simples: junta-se a uma marca de prestígio como a Motorola uma pitada de contrafacção, corrupção q.b., uma cheirinho a sistema judicial ineficaz e uma grande dose de paciência e/ou humor. O resultado é este. Como se lê no «The Trademark Blog»: Why bother doing business in Russia when things like this happen?

Contrafacção do Euro

As mais importantes divisas têm o estigma da contrafacção. O Euro não foge à regra. Um relatório do Banco Central Europeu, divulgado no dia 13 de Junho, dá mais algumas informações sobre a questão. Decidi elaborar uma tabela [que fica com maior definição ao clicar] com base na informação fornecida aqui. Após um período inicial, em 2003, de grande crescimento de contrafacção do Euro, das três uma: ou os profissionais do mal estão a ser mais perfeccionistas e são menos detectados, ou os serviços estão menos vigilantes, ou então há mesmo uma estagnação ou diminuição da referida contrafacção. Nesta mesma página de internet encontrará, no canto superior direito, um útil instrumento para conseguir distinguir as notas de euro verdadeiras, das falsas.

09 junho 2006

Código Da Vinci - ii

O autor de «O Código Da Vinci» tem sido perseguido por diversos romancistas que o acusam de plágio. Dan Brown (o senhor sorridente da foto ao lado) lá vai andando com um exército de advogados de tribunal em tribunal.
O primeiro caso terá sido levantado por Michael Baigent e por Richard Leigh, autores do livro The Holy Blood and the Holy Grail que foi traduzido em Portugal para «O Sangue de Cristo e o Santo Graal». No dia 7 de Abril de 2006 o sorridente Brown ganhou o processo. De acordo com o tribunal de Londres, não foi dado como provado a existência de plágio nos termos apresentados pela acusação. Presume-se, portanto que se trata de mera coincidência.
Quatro dias depois desta decisão do tribunal, nova acusação de plágio contra Dan Brown. Desta vez, o acusador foi Mikhail Anikin, um historiador de arte russo do museu Hermitage, que afirmava que Brown utilizou argumentos que Anikin desenvolvera. Os detalhes desta acusação podem ser lidos aqui.
Há três dias, a revista Vanity Fair publicou um artigo intitulado Da Vinci Clone, uma clara alusão a nova suspeita de plágio. Peritos analisaram e compararam o Código Da Vinci com publicações anteriores da autoria de Mark Rosheim e de Lewis Perdue. A conclusão é invariavelmente a mesma. De acordo com um dos peritos, John Olsson, o director da Britain's Forensic Linguistics Institute «This is the most blatant example of in-your-face plagiarism I've ever seen. It just goes on and on. There are literally hundreds of parallels». Lewis Perdue «não descarta mover ações legais pelo que considera uma violação da propriedade intelectual de sua obra».
Procuraremos seguir com atenção os desenvolvimentos destas e de outras acusações de plágio.

Código Da Vinci - i

Antes de mais, permitam-me uma confissão para que não haja qualquer dúvida quanto ao meu posicionamento face a «O Código Da Vinci»: não sou fã, muito pelo contrário. Penso que Dan Brown é um indivíduo esperto e trabalhador; uma personagem que, a ter consciência, não deverá conseguir dormir à noite com o facto de ter iludido e enganado deliberadamente tanta gente em tão pouco tempo. Por outro lado, penso que com tanto dinheiro que lhe demos (sim, não tendo comprado o livro, admito que cedi à curiosidade de ver o mau filme que dali resultou) seguramente terá uma boa equipa de médicos a receitar-lhe suporíferos...
Ao contrário do que ele afirma no início da sua «obra-prima», que por sinal foi mais obra do que «prima», a única verdade indesmentível é que todos os monumentos descritos existem. Bem, obviamente que a Opus Dei também existe. Jesus Cristo também. Enfim, os personagens históricos existiram. O enredo ficcionado é que, ça va de soi, não existe... e é essa falta de rigor, de ética e de verticalismo que eu considero condenável. Bastava, para que eu conseguisse digerir bem o assunto, que ele escrevesse a verdade: «Este livro é um romance histórico ficcionado. Apenas as personagens históricas e os monumentos referidos são verdadeiros».

de volta ao trabalho

Por motivos diversos este blog esteve inactivo. Por esses mesmos motivos, apresento o meu pedido de desculpa.

A partir desta data, o blog «O Plagiário» será actualizado numa base diária, sempre que possível. A periodicidade podendo variar, a garantia é que pelo menos todas as semanas haverá actualizações.

Para quem quiser continuar a colaborar, o e-mail é o mesmo: just.salomao@gmail.com. Aceitarei igualmente autores para ajudar a construir um blog informativo, justo e actual.

Obrigado.

Justino Salomão