O Plagiário

Plágio: (...) apresentação feita por alguém, como da sua autoria, de trabalho, obra intelectual etc. produzido por outrém. In: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Correspondência para: just.salomao@gmail.com

30 setembro 2005

Europlágio I de II


Fomos informados de que seria muito provável que andássemos todos com um pequeno (ou grande) plágio dentro das nossas carteiras. Averiguámos. Concluímos que é bem possível...
De acordo com uma notícia publicada pela BBC uma empresa francesa (a M-Sat) concluiu que os mapas da Europa que constam das notas de Euro são de sua lavra. O site Euro também dá conta do ocorrido, confirmando que «O fabricante de mapas acusa o BCE de contrafacção e abuso de copyright». Por outro lado, o BCE afirma que pagou os direitos de autor em 1997 a uma firma austríaca (que entretanto faliu) pelo que considera não ter sido cometida nenhuma infracção.
O facto foi registado e noticiado logo nos inícios de 2002 mas «O Plagiário» não conseguiu saber qual foi o final da história. Ganhou a M-Sat? Ganhou o Banco Central Europeu? Ficámo-nos por um empate?

27 setembro 2005

The Marbelo Man



Joe Berardo, um filantropo e empresário português de sucesso, andou anos a fio em luta com a multinacional Philip Morris (via Tabaqueira) por causa da sua marca de tabaco Marbelo. Durante nove anos a proprietária da marca Marlboro impediu a Madeirense de Tabacos de registar no Instituto Nacional de Propriedade Industrial a marca Marbelo, alegando «semelhança gráfica e fonética» com a Marlboro. De recurso em recurso, o Supremo Tribunal de Justiça pronunciou-se favoravelmente à marca madeirense, considerando a inexistência de «semelhança evidente, do ponto de vista fonético, gráfico e figurativo que induzam facilmente o consumidor em erro ou confusão» (para mais informações, veja aqui).
Consta que a indústria portuguesa de vinhos generosos está preocupada com a liberalização, ditada pela Comissão Europeia, dos termos «Vintage», «Tawny», e «Ruby»... Sugerimos a contratação dos advogados de Joe Berardo!

25 setembro 2005

Isto + Isto = Àquilo?

+ = ?

Um leitor atento de «O Plagiário» reparou na coincidência de estilo que o logótipo da recém-criada revista Relações Internacionais tem com o logótipo da antiga e prestigiada revista Foreign Policy. Os dois pontos, seguramente inspirados pelo logótipo de A dois (ex-RTP 2), estarão ali a fazer o quê? Há coincidências e há faltas de criatividade muito convenientes.

08 setembro 2005

Isto = Àquilo?


= ?

Empresa afirma que EDP roubou logotipo

Uma empresa de metalomecânica, em Braga, queixa-se que a EDP lhe roubou o logótipo. O sorriso em fundo vermelho, o último símbolo da eléctrica nacional é, de facto, muito semelhante ao da metalomecânica «Feliz».
A empresa de Braga tem mais de dez anos. António Feliz, sócio-gerente, justifica a originalidade do logótipo pelo facto de vermelho ser a cor do ferro em brasa, e o sorriso o símbolo do nome da empresa.
Logo que reparou na semelhança dos logótipos, o empresário fez queixa à EDP. A eléctrica de Portugal, alegou não haver confusão possível no logótipo, e muito menos na actividade das empresas.
António Feliz está a ponderar levar o caso para os tribunais, mesmo sabendo que será uma luta de «David contra Golias».

Notícia da TVI, integralmente transcrita a partir do blog Vistalegre.
Logótipos retirados do blog Figmento.

07 setembro 2005

A Contrafacção...


... é designada pelo dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa da forma seguinte: «(...) 2. Aquilo que é imitado ou reproduzido de forma fraudulenta.»

Se for a Paris, aconselha-se com veemência a visita ao museu da contrafacção (Musée de la Contrefaçon). Nele encontrará lado a lado cerca de 350 objectos (o original e a contrafação) num variado leque de peças que, ao longo da história foram sendo vítimas de imitação maliciosa.

Tudo começou no longínquo império romano, onde se imitavam os selos das ânforas de vinhos e azeites. Continua hoje na Praça de Espanha mais perto de si... Mais detalhes aqui.

06 setembro 2005

Clara Pinto Correia

O plágio é acção que se arrasta de tão velho que é. Pelo menos desde que se massificaram os meios de divulgação escrita (Guttenberg gratia, para o bem e para o bem) que de quando em vez assistimos a tristes descobrires de carecas. Em Portugal, um dos episódios que atravessou transversalmente a imprensa portuguesa foi o de Clara Pinto Correia que, não se coibindo de criticar os seus alunos de constantes plágios, decidiu criar em 2003 – involuntariamente, nas palavras da «autora» – uma das maiores fraudes de que há memória. Poderá ver aqui [procurar revista Meios on-line; Arquivo; 2003; Julho/Agosto; «Análise: As fraudes na imprensa»] um belo texto sobre o que então se passou e aprender um pouco mais sobre questões conexas tais como o Código Deontológico dos Jornalistas, a Ética, a Contrafacção etc. Este foi um episódio famoso e massificado. Não foi o único. Como teremos tempo para ver em futuros post, o que não falta por cá são assuntos escandalosamente plagiados, tanto no meio jornalístico, como académico, como empresarial…

04 setembro 2005

Estatuto editorial:

São objectivos deste blog a divulgação e a análise de artimanhas, embustes e falcatruas que, sob a forma de contrafacção ou plágio, prejudicam, prejudicaram ou possam prejudicar terceiros a expensas da auto-promoção dos plagiadores.
O trabalho divulgado é elaborado de forma consciente, seguindo uma linha rígida de princípio e rigor onde a ética é a pedra de toque.
Pretende-se uma interacção com os visitantes de «O Plagiário», a quem se garante o anonimato de modo a desinibir quaisquer reservas de denúncia. Por outro lado será garantida justiça na análise feita às denuncias e sugestões recebidas. De igual forma, não será publicado material eivado de má-fé e/ou que seja meramente acusatório e sem fundamentos que sustentem a acusação ou a suspeita de plágio. Quaisquer contactos poderão ser feitos através do e-mail just.salomao@gmail.com.